quinta-feira, 15 de março de 2012

Federação Portuguesa de Futebol discute esta quinta-feira alargamento dos campeonatos

As polémicas decisões da assembleia geral da Liga vão estar em cima da mesa, nomeadamente o alargamento de 16 para 18 clubes e a ausência de descidas.

A direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai reunir-se esta quinta-feira com os sócios ordinários, a partir das 17h30, no sentido de "discutir diversos assuntos de relevância para o futebol português".
Em cima da mesa estará, certamente, o polémico alargamento do campeonato principal de 16 para 18 equipas na próxima época e a ausência de descidas de escalão já este ano. As medidas foram aprovadas em assembleia geral da Liga de Clubes realizada esta segunda-feira.
A FPF terá uma palavra decisiva a dizer sobre a matéria, podendo ratificar ou rejeitar as alterações aprovadas pelos 32 clubes das provas profissionais.
No final do encontro, Fernando Gomes, presidente da FPF, surgirá perante os jornalistas em conferência de imprensa.

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, defende que, caso a Federação anule a proposta de alargamento, os clubes têm todo o direito de alterar a forma e de tentar outro acordo.

O dirigente afirma ser "tão legítimo a Federação Portuguesa de Futebol pensar na anulação como tão legitimo os clubes proporem a alteração".

Carlos Pereira explica que "o alargamento pode ser aprovado ou não, e os clubes podem convocar uma nova Assembleia da Liga e voltarem a propor o alargamento de uma outra forma, e a Liga tem que andar ao serviço dos clubes, e não ao serviço de outros interesses, como aquilo que parece que a Federação anda a fazer neste momento".

O presidente dos madeirenses vai mais longe nas críticas à Federação Portuguesa de Futebol: "A Federação tem que pensar seriamente na forma como foi eleita, e como deve gerir o futebol português, não estando ao serviço de alguns, mas ao serviço de todos os clubes e de todas as associações. Se a proposta não for aprovada, a direcção de Liga não pode sair debilitada, porque esta proposta é uma vontade expressa do clubes".

Carlos Pereira, sogro do actual presidente da Liga de clubes, Mário Figueiredo, defende o organismo nesta situação: "Diz-se que a Liga propôs uma coisa que coloca em causa a verdade desportiva, e isso não é verdade. Se a Liga propôs, e bem, um alargamento com a disputa de uma liguilha, e não se sabendo o que a Federação poderia decidir, aqui mantinha-se a verdade desportiva até ao fim da competição".

"Agora imagine-se um cenário em que durante a próxima época não há descidas, aí sim passaríamos toda a época sem a verdade desportiva que muita gente anda para aí a apregoar", concluiu.

Sem comentários: